Atualmente todos os processos de modernização, sejam em quaisquer áreas, que envolvam um mínimo de tecnologia, obrigatoriamente será implementado algum tipo de automação.
Com as mudanças na indústria, tornou-se necessário um aprimoramento do processo produtivo, que permita agilidade na produção em escala, bem como a redução de custos com perdas de matéria primas e aprimoramento da segurança no “chão de fábrica” e manuseio de equipamentos e ferramentas.
Neste novo panorama é preciso criar formas e meios de comunicação entre o que é ? antigo? e o que é mais atual. Surgindo aí uma necessidade de conectividade entre dois ambientes de comunicação distintos, e para soluciona-la foi desenvolvido o conversor de dados seriais bidirecional.
Comunicação entre equipamentos padrão de comunicação serial
O conversor de dados seriais bidirecional basicamente proporciona a comunicação entre equipamentos que tem padrão de comunicação serial, seja: RS232, RS422, RS485, entre sim ou por meio de conversão eletro-óptica para possibilitar um alcance maior ou mesmo para isolação do sinal de dados seriais transmitido pela malha metálica.
O padrão RS232, também conhecido por EIA RS232C ou V.24, é um padrão de protocolo para troca da série de dados binários entre um dispositivo DTE (terminal de dados) e um DCE (comunicador de dados), ponto a ponto. É comumente usado nas portas seriais dos PCs. Tem um alcance de 15 metros em cabo metálico e atinge distâncias de vários quilômetros quando convertido para fibra óptica (luz). Já o padrão RS485/RS422 apresentam maiores taxas de transmissão e atingem distâncias maiores que o RS232 em cabos metálicos, cerca de 1200 metros, e podem ampliar exponencialmente quando convertidos para fibra ótica.
As conversões de padrão seriais mais comuns são de: RS232 para RS485/RS422 e vice-versa, podendo ainda ser de RS232 para fibra ótica e retorno para RS232 ou RS485/422. Pode-se ainda converter os Dados Seriais Bidirecionais pra IP ou ainda protocolos de comunicação wireless (sem fio), exemplo: rede mesh Zigbee.
Com toda esta gama de padrões elétricos que compõem as redes de comunicação de equipamentos nas industrias tornou-se indispensável a utilização de conversores de dados seriais bidirecionais com o propósito de fazerem estes equipamentos se comunicarem adequadamente.
Converte padrões elétricos para fibra óptica
Os conversores de dados seriais bidirecionais que merecem maior destaque são os que convertem os padrões elétricos para fibra óptica. Sua aplicação pode ser em ambientes internos das industrias e fabricas, a fim de proteger os sinais de interferências eletromagnéticas, que interferem nas redes de cabos metálicos, como podem extrapolar estes ambiente industriais e serem aplicados em redes externas (out door) de comunicação entre empresa e dispositivos remotos, tais como redes de transmissão e distribuição de energia elétricas, sistemas de telemetrias e telemedições de equipamentos e serviços públicos, monitoramento remoto de sistemas meteorológicos e pluviométricos, entre outros.
Também na comunicação em fibra ópticas podem ser usados em comunicações ponto a ponto (Lado A para Lado B) como em topologias ponto a multiponto (Mestre para Escravo para Escravo…). Nesta segunda opção de comunicação é utilizado uma topologia PON (Passive Optical Network = derivação passiva de fibra óptica) através de splitters ópticos desbalanceados. Sendo um sistema de comunicação desenvolvido para prever a ligação de sistemas de controles semafóricos, estabelecendo assim a comunicação entre os controladores e os semáforos nas avenidas.
Vantagens de instalar o conversor de dados bidirecional
Os conversores de dados bidirecionais podem oferecer grandes vantagens quando instalado, principalmente quando é para fibra óptica. A Fibra Óptica é imune a interferências eletromagnéticas, surtos de tensão e corrente, protegendo os equipamentos por não conduzir os surtos (descargas atmosféricas).
No caso da versão com Multi-drop (MCFO/DD35 e MCFO/DD53), ao utilizar uma topologia ponto a multiponto permite-se que a comunicação continue pela fibra óptica, mesmo que falte energia em trechos intermediários do circuito. Já com o Sem fio (MCSF/DD) é formada uma rede que elimina a necessidade de cabos para comunicação entre servidores, sensores e atuadores, podendo ser formada utilizando apenas 2 módulos (um coordenador e um roteador) e eventualmente ter inserida mais nós (roteadores), conforme desejado.